Estou passando por uma fase de romances distópicos (Maze Runner, Divergente, Jogos Vorazes, etc), e hoje vim trazer para você a resenha de O Doador de Memórias, do Lois Lowry (Editora Arqueiro). Conheci a história por meio do filme, lançado em outubro de 2014, mas por uma correria acabei não vendo o filme, ma me interessei em ler o livro. Aproveitei a compra do meu LEV da Editora Saraiva (pretendo fazer uma review sobre essa comprinha *-*) e li a história em poucos dias.
Confiram a história:
Sobre a autora
Lois Lowry é uma escritora de livros infantis, nascida nos Estados Unidos em 20 de março de 1937. Ela começou a escrever aos 40 anos após iniciar sua Licenciatura em Literatura Inglesa na Universidade de Southern Maine.
Nascida em família de militares, Lowry morou em várias cidades americanas como Hawaii, Nova York, Pennsylvania e foi para o Japão durante a segunda guerra mundial. Ao voltar para os Estados Unidos se casou com um oficial da marinha americana e teve quatro filhos. Quando seus filhos cresceram, ela resolveu dedicar-se a literatura, escrevendo profissionalmente. Durante seus estudos Lowry voltou-se para a fotografia e atuou como freelancer para a revista Redbook.
Sua primeira publicação foi o livro A Summer to Die que Houghton Mifflin, em 1977. Atualmente a autora já conta com um portfólio com mais de 30 títulos, muitos deles utilizados por escolas de primário e primeiro grau nos Estados Unidos.
Sobre o Livro
Em um universo perfeito, a sociedade americana alcançou um estado de utopia onde todos os sofrimentos e tristezas foram apagadas das memórias das pessoas. As pessoas vivem um dia de cada vez, sem se preocupar com o passado ou com o futuro.
Quando as crianças completam 12 anos elas passam por uma cerimônia de seleção, onde serão escolhidas para as profissões que irão assumir. Jonas, um menino simples com incertezas sobre seu futuro, é selecionado como novo Receptor de Memórias e será treinado para guardar todas as memórias da história humana.
Seu contato com o Doador o levará a um universo desconhecido da sociedade, onde terá contato com conceitos profundos relacionados à família, alegria, amizade e amor, enquanto aprenderá a lidar com os males do mundo, como a dor, sofrimento e destruição. Esses conhecimentos mudarão sua visão sobre as pessoas e fará com que ele questione a eficiência de sua sociedade.
Enquanto aprende suas novas tarefas, Jonas descobre que sua família esconde segredos que o assustam e que a segurança de crianças e idosos não está garantida pelo governo. Consciente de seu papel e poder, Jonas se une com o Doador para tramar um plano que mudará o rumo da sociedade.
Opinião pessoal
Vejo O Doador de Memórias como um típico livro infantil escrito para adultos. Deixe me explicar: a história trabalha com uma linguagem simples que envolve o leitor, inserindo-o nos medos e incertezas de uma criança, enquanto aborda elementos complexos de uma sociedade distopia.
Gosto de compará-lo com as adaptações cinematográficas dos Contos de Fadas, como Malévola, Branca de Neve e o Caçador e Cinderela. O enredo dos contos permanece o mesmo, mas a lição de moral é trabalhada com um toque refinado, deixando de lado os paradigmas sociais e destacando o caráter dos personagens. É o mesmo que encontramos no O Doador de Memórias.
Jonas não discute o que é certo e o que é errado – como uma criança faria – mas reflete sobre os motivos que levaram o governo a tomar determinadas atitudes. Concentrar o conhecimento em uma única pessoa garante a segurança da sociedade, mas impede que seus membros tenham livre arbítrio.
Esses conflitos tornam a história emocionante e prendem o leitor até os últimos momentos. Confesso que ainda não entendi muito bem o final do livro, pois após passar por várias experiências com Jonas, não consegui distinguir o que é realidade e o que é uma lembrança, mas até mesmo a dúvida faz com que você reflita sobre a história.
Quem deseja fugir das constantes guerras no universo literário e ler um romance mais conceitual, vai gostar bastante do livro.
2 Comentários
Coincidentemente vi o filme esse final de semana
ResponderExcluiré complicado não comparar (pelo menos vendo o filme) com outras distopias como Divergente (principalmente) e Jogos Vorazes, mas mesmo assim vale a pena ver
acredito que melhor ainda é ler o livro
espero poder le-lo em breve
Um Beijo e "Até Segunda"
https://atesegunda.wordpress.com/
Sério Rafa?
ExcluirAinda não assisti o filme, mas estou bem ansiosa para vê-lo.
Realmente é difícil não fazer comparações, mas a história tem potencial (e também foi publicada bem antes de Divergente e Jogos Vorazes).
Beijinhos