Lugar de mulher é na literatura


Poucas pessoas sabem, mas a PRESENÇA FEMININA NA LITERATURA NACIONAL – assim  como em outros setores econômicos e políticos – está muito abaixo do esperado e, pasmem, é muito menor do que o espaço ocupado por homens.

Segundo o levantamento realizado pela Universidade de Brasília (UNB), por meio da pesquisadora Regina Dalcastagnè, somente 27,3% dos autores publicados no Brasil são mulheres – na pesquisa foram considerados 258 livros publicados entre 1990 e 2004, pelos principais grupos editoriais nacionais: Companhia das Letras, Record e Rocco.

Só que algo parece estar errado, não é mesmo? Pois essa discrepância tem passado 'batido' em nosso dia-a-dia.

Vamos só fazer uma conta básica:

Segundo dados do IBGE – último censo realizado em 2010 – as mulheres representam 51,03 % da população nacional, mas quando comparamos esse número com a perspectiva de profissionais femininas publicadas – os 27,3% mencionados anteriormente – temos uma crise ainda maior, pois esse dado reflete a publicação de autores nacionais e internacionais, ou seja, a realidade de publicação de autoras nacionais é realmente muito menor.

Hoje essas mulheres estão inseridas nos mais diferentes gêneros literários – romance, suspense, terror, poesia etc. – e muitas ainda sofrem preconceito por conta do que decidem escrever - já vi muitas autoras serem criticadas por se especializarem em terror ou quadrinhos.

E sabem o qual parte mais estranha? É não percebemos essa diferença gritante. 

Quando vamos ás livrarias estamos acostumados a ver os best sellers publicados por mulheres nas prateleiras e nas vitrines. Infelizmente esse 'reconhecimento' só é concedido a uma parcela extremamente pequena da população feminina que se destaca depois de muito trabalho.

Por esse motivo temos que apoiar a sororidade e valorizar o trabalho e dedicação de tantas mulheres que se esforçam para compartilhar sua ideias.

Não importa se você lê J.K. Rolling, E. L. James, Jojo Moyes, Stephenie Meyer, Suzanne Collins, Cassandra Clare ou Jane Austen, mas leia mais mulheres! 

Incentive as jovens a sua volta, compre livros e ebooks de autoras iniciantes, participe de ações coletivas e faça com que as mulheres a sua volta leiam mais também.

Confiram uma listinha com 20 mulheres que merecem ser conhecidas:

- Mary Shelley: Frankenstein
- Chimamanda Ngozi: Americanah
- Agatha Christie: Cartas na Mesa
- Angie Thomas: O ódio que você Semeia
- Stephanie Perkins: Anna e o Beijo Francês
- Jennifer E. Smith:a Geografia de Nós Dois
- C.C. Hunter: Nascida à Meia-Noite
- Marta Medeiros: Divã
- FML Pepper: 13
- Luiza Trigo: Meus 15 anos
- Lola Salgado: Sol em Júpiter
- Pam Gonçalves: Boa Noite

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