Olá pessoal,
Hoje
trouxe para vocês a resenha de Veneno,
o primeiro livro da Saga Encantadas
da inglesa Sara Pinborough (Editora Única/Gente).
Quem já acompanha o blog sabe como sou apaixonada por contos de fadas e, ao
mesmo tempo, aberta a livres interpretações de fábulas dos Irmãos Grimm,
Andersen e Perrault.
Nessa
linha de pensamento conheci a saga e logo descobri sua adequação para os dias
atuais (entenda dramas, conflitos sociais e atitudes modernas) e fiquei ansiosa
pela leitura.
Já
tinha mostrado a aquisição dela para vocês no post sobre aquisições do Black Friday e algumas pessoas me pediram para
fazer a resenha da coleção, então não podia deixar vocês esperando não é?
Confiram:
Sobre a autora
Nascida
em Buckinghamshire, na Inglaterra, Sara Pinborough passou grande parte da
infância viajando com a família para acompanhar a carreira do pai, que era
diplomata. Sua paixão por livros e pelo conhecimento fez com que, ainda na juventude,
decidisse seguir a carreira acadêmica como professora, lecionando por três
anos.
Mais
tarde se aventurou como roteirista na BBC, sendo responsável pela série New
Tricks e pelos direitos da trilogia The Dog-faced Goods. Como escritora, Sara é
especialista no gênero horror, sendo responsável pelo enredo do filme Cracked,
no gênero fantasia (com histórias para crianças utilizando o nome Sarah
Silverwood) e contos de fadas.
Suas
obras contribuíram para que ela conquistasse importantes prêmios literários
como o British Fantasy Award em 2008 (por melhor livro de contos) e em 2010
(para melhor romance).
Atualmente
a autora vive em Londres e se dedica totalmente a arte de escrever.
Sobre a obra
Em
um reino distante, um velho rei precisa se ausentar para uma batalha, deixando
sua bela filha aos cuidados de sua esposa, uma mulher sexy e de extrema beleza
que foi obrigada a casar-se muito cedo e que aprendeu a tirar os obstáculos de
sua frente tão logo apareçam.
A
rainha não teria problema nenhum com Branca de Neve, desde que ela se portasse
como uma dama e não como uma selvagem.
Aproveitando
a ausência do Rei, ela ensinará algumas lições a enteada, entre outras coisas,
ela quer mostrar quem manda ali. Mas Branca de Neve não é do tipo “pobre
mocinha”. Aliás, Branca de Neve não é do tipo ‘mocinha’, ‘princesa’, ‘esposa’.
E esta disputa de forças irá abalar todos no reino. Seja um caçador de
passagem, um príncipe desajustado ou os anões à margem da sociedade: quem
escolher um lado pagará um preço muito alto pela ousadia!
Opinião pessoal
ESTÁ
TUDO ERRADO NESSE LIVRO! #prontofalei
É
engraçado e confuso ler um livro sobre contos de fadas, mesmo que adaptações,
que vão contra tudo que você conhece. A Rainha não é tão má (talvez
problemática, mas não má), a Princesa não é boba e ingênua, mas sim dissimulada
(a lá Capitu), o Príncipe é fraco e orgulhoso, enquanto os anões realmente
sofrem com o trabalho pesado. Tudo que a
Disney e as releituras esconderam de nós por tanto tempo, a Sarah Pinborough
revelou.
Mas
a experiência é muito divertida, justamente porque você não sabe o que esperar
(pensa “Não acredito nisso! O que ela vai fazer agora?”). Em vários momentos
tive que reler um trecho para acreditar que determinado fato realmente
aconteceu.
Particularmente
gosto das rainhas más. Elas lutam por um objetivo e tem perspectiva do universo
a sua volta, enquanto as princesas boazinhas tendem a serem frágeis e
monótonas. Por mais que Branca de Neve se encaixe em alguns dos quesitos
mencionados, ela tem muitas surpresas
escondidas por baixo dos cabelos negros, o que assustou até o príncipe.
Em
contrapartida, a Rainha é rancorosa e incompreendida – casada com um homem
grosseiro e mal educado (o Rei não é lá essas coisas viu!) – que sofreu nas
mãos do pai por mexer com magia. Isso tudo explica o fato dela não ser normal.
O
“ódio” contra Branca de Neve é até justificável, a menina é insolente,
desobediente, causadora e ainda o espelho mágico fica falando “Ela é a mais
bela de todas”, assim fica difícil lidar bem com as situações. Mas a Rainha se
arrepende, perde perdão, tenta concertar as coisas, pena que o universo
conspira contra ela.
Acho
que o único que não me surpreendeu tanto foi o caçador (mesmo que ele tenha
caído nos encantos da Rainha e da Princesa), pois ainda é integro e com princípios.
O oposto dele é o Aladim, que é traiçoeiro, maldoso e ganancioso.
2 Comentários
Olá,
ResponderExcluirEstou com esses livros no meu kindle e acho que vou começar a lê-los já 😉 Sempre gostei bastante dos contos de fadas, e releituras são ótimas!
Parabéns pela resenha!
www.booksimpressions.com.br
Olá Raissa,
ExcluirNão vai se arrepender! A obra é maravilhosa e cativante (sem contar que também é surpreendente), a cada página ficava mais encantada com a criatividade da autora e com a ousadia dos personagens.
Vale a pena!
Beijinhos ;*