Livro cortesia da Editora Arqueiro |
“Aprendi que a imagem que alguém exibe,
embora não seja cem por cento precisa, indica o tipo de pessoa que ela é”.
Hoje
trago para vocês a resenha de O DESPERTAR
DO PRÍNCIPE, primeiro livro da série Deuses
do Egito, da Colleen Houck. A
obra lançada no Brasil por nossa editora parceira, a Arqueiro, já conquistou diversos leitores por sua história
cativante e envolvente.
Não
percam tempo e confiram esse maravilhoso livro que envolve as maiores lendas egípcias,
com toques modernos e descontraídos.
Sobre a autora
Colleen Houck é uma escritora americana que antes de escrever sempre foi uma leitora ávida. Ela se formou pela Universidade do Arizona e trabalhou como interprete de língua de sinais durante 17 anos.
Colleen
começou a sonhar em se tornar uma escritora após ler Crepúsculo, da Stephenie
Mayer. Antes de ler a obra, ela acreditava que escrever não era para pessoas “comuns”,
mas após ver uma entrevista de Stephenie na Ophah, se identificou com a
história de vida da autora e decidiu arriscar no universo literário.
Ele
publicou os dois primeiros volumes da série A
Maldição do Tigre de forma autônoma na Amazon. As obras logo se tornaram um
sucesso entrando na lista de mais vendidos do site, o que deu visibilidade e iniciou
a carreira da autora.
Hoje
ela vive em Salem, no Oregon, com o marido e um tigre branco de pelúcia.
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“Você precisa urgentemente de um
transplante de órgãos, e por enquanto eu tenho que ser o seu coelhinho da
Duracell”.
Sobre a obra
Amon
e seus irmãos morreram com propósito: salvar a terra do Egito e as futuras gerações
da ira de Seth, o deus do caos. Após clemência de suas mães e de todo o povo egípcio,
os deuses concederam aos rapazes a chance de reviver mais um dia, contanto que voltassem
a dormir e despertassem a cada mil anos para realizar a cerimônia que aprisiona
Seth em sua prisão além do universo.
E a
terra do Egito permaneceu segura por milhares de anos, com a proteção dos três
irmãos. Porém o despertar do século XXI promete uma reviravolta em suas vidas.
Liliana
Young, uma inteligente jovem da alta sociedade nova-iorquina, está fazendo sua
visita semanal ao MET (The Metropolitan Museum of Art) quando encontra um
sarcófago vazio em uma área isolada do museu. Após procurar por um suposto
invasor encontra Amon, o príncipe desperto e desorientado em plena cidade de
Nova York.
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“Um lembrete: quando somos privados de
tudo aquilo que valorizamos, finalmente conseguimos ver a verdade”.
Opinião pessoal
Realmente
não imaginava que iria me apaixonar tanto pela escrita da Collen Hover. Por
favor, não entendam mal, ela é maravilhosa, mas não colocava muita esperança em
suas obras (sabe aquela sensação de
“livro legal, mas nada de mais?”). Bem achei que sentiria isso ao ler, mas não podia estar mais enganada.
O DESPERTAR DO PRÍNCIPE foi minha primeira experiência com a
autora e fiquei extremamente satisfeita. Além de ter uma escrita fácil e
envolvente, todos os seus personagens são muito bem construídos, com direito a
características culturais que moldam um cenário irreverente e cheio de vida.
Em
toda a obra, Colleen Houck tem grandes sacadas apresentadas por intermédio da
personagem principal, Lily. Além da mudança de perfil e de objetivo que essa
jornada oferece a jovem, ela se utiliza de grandes referências culturais modernas
(filmes, livros e bandas) para
demonstrar o contraste de vivências e contextualizar alguns acontecimentos entre
os personagens. O meu favorito foi “Dorothy,
você está muito longe do Cansas” para demonstrar que Amon está perdido em
Nova York, longe do Egito (claro que o
rapaz não entendeu a referência, mas nós, reles leitores, entendemos então está
valendo).
O
relacionamento entre Amon e Lily é outro ponto alto da narrativa. Como o
príncipe está isolado em Nova York sem seus vasos canópicos (recipiente que guarda a energia vital dos
mortos), ele precisa ligar seu corpo ao corpo de Lily e compartilhar a
energia dela para os dois. As cenas de brigas entre os dois onde ele utiliza de
seus poderes para manter o controle sobre a moça são geniais (ela rabugenta é
de fazer rir).
Entretanto
o que começa como uma ajuda se torna algo mais profundo e complicado, pois os
sentimentos, ansiedades, dores e tristezas também são sentidos em conjunto
pelos dois, criando um laço maior do que os poderes do deus sol (sem falar da dedicação e do cavalheirismo
de Amon para com Lily).
Amon,
por outro lado, é uma contradição de sentimentos. Até conhecer Lily e arriscar
outra vida (que não seja a sua) pela
salvação do mundo, ele nunca havia refletido sobre a grandeza e responsabilidade
dada à ele pelos deuses (e como eles
podem ser folgados, deixando seus problemas para os humanos resolverem).
Isso desconcerta o jovem rapaz, que por mais tempo de “vida” que ele possa ter,
nunca teve um relacionamento humano verdadeiro, pois passa os séculos vagando
somente com a companhia dos irmãos.
Falando
em irmãos, Asten e Ahmose são os irmãos (ou
até mesmo cunhados) que toda garota sonharia em ter. Mesmo não sendo filhos
dos mesmos pais, os três príncipes têm um carinho e dedicação uns com os outros
que constrói um laço maior do que o de sangue e faz com que a jornada dos mil
anos se torne um pouco mais confortável. Com poderes diferentes e
personalidades únicas, os três se completam e fazem com que Lily seja a rainha
entre os homens, ganhando o afeto e dedicação de todos (o sonho de toda menina: ser venerada por três príncipes egípcios rs).
Para
completar a “trupe”, os três irmãos encontram o grão vizir, Dr. Hassan,
responsável por guardar o tumulo dos príncipes e auxiliar na cerimônia. O ápice
das dificuldades de nossos heróis é a descoberta de um sacerdote de Seth, até o
momento desconhecido, que passa a dificultar a vida dos irmãos em busca da paz.
Enquanto o tempo está correndo, Lily descobre que pode ser uma grande chave
para salvar seus amigos, o que talvez exija o maior dos sacrifícios.
Particularmente
estou super ansiosa pela continuação do livro (já lançado no mercado americano
como Recreated), pois o final de O
DESPERTAR DO PRÍNCIPE causou um conflito no universo sobrenatural, o que
acarretará muitos problemas para Amon e Lily. Não vou dar spoilers, pois vocês devem
(e precisam) conferir essa
maravilhosa narrativa.
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