Hoje
trago para vocês a resenha de MULHER COM
BRÂNQUIAS, um livro de suspense escrito pela autora brasileira Patricia
Baikal.
A
obra está concorrendo ao prêmio KIndle de leitura e já ocupou o cargo de mais
vendidos da Amazon. Confiram:
Sobre a autora
Nascida
em Campo Grande, Patricia Baikal foi criada em Uberlândia e atualmente mora em
Brasília. Além de escritora, ela também é blogueira e graduada em Direito.
Seu
primeiro livro, "Mariposa", é um suspense publicado de forma
independente em 2015.
Sobre a obra
Rita,
professora universitária, começa a ter visões de uma realidade paralela, como
se estivesse o tempo todo mergulhada num aquário.
Em
casa, no trabalho ou na rua, ela se vê rodeada por seres aquáticos e
especialmente pelo "grande peixe", uma criatura fantasmagórica que a
persegue, mas que ninguém mais enxerga.
Como
se não bastasse, sua pele é tomada por escamas aos poucos, de forma dolorida e
fantástica. Brânquias surgem em seu corpo, e isso pode significar o início ou o
fim de uma jornada.
Opinião pessoal
Mulher
com Brânquias é uma história ficcional que abre a mente do leitor para diversos
questionamentos sobre o poder de nossa ações e como lidamos com as situações de
nossa vida.
Rita
inicialmente parece uma mulher comum, com problemas e sonhos comuns, mas ao ser
perseguida por um peixe gigante, ela passa a questionar a própria sanidade e a
influência de seu passado nas visões. Essa experiência faz com que a jovem comece
a perceber o aparecimento de "escamas" em sua pele, principalmente em
áreas sensíveis ou suscetíveis a machucados - como uma forma de autoproteção.
Após
a trágica morte de sua tia avó, Rita tem
que fazer uma viagem ao interior de Minas Gerais para o enterro e passa a
conhecer mais profundamente a história de sua família e uma possível
"loucura" que persegue as gerações femininas.
Depois
de viver uma situação de quase morte, ela percebe que seu corpo está passando
por novas transformações que somente ela vê, mas que afetam seu convívio em
sociedade. Ao lado de sua irmã e prima, Rita vai se afundar no passado e buscar
uma forma de se libertar de seu "monstro" pessoal e sobreviver ao
aniversário de 33 anos.
A
autora se utiliza de vários recursos para a construção da obra, como (1) a
aplicação da estrutura de conto literário - com elementos mitológicos e lendas
que rondam a vida e a família da personagem - e (2) o destaque de um momento específico
da vida de Rita deixando lado o que se passa com a personagem antes ou depois
do acontecimento.
Outra
característica da obra é a narrativa atemporal: por mais que tenhamos a
marcação do tempo feita por meio de "dias", os fatos poderiam se
passar em vários momentos históricos, pois a autora deixa de lado
características que marcam a passagem de tempo, como revolução tecnológica ou
grandes acontecimentos mundiais.
A
narrativa acontece de forma invertida, onde primeiro conhecemos ao fato
principal - o clímax da história - e depois somos apresentados a quem são os
personagens e a própria Rita. Frequentemente me peguei perguntando "quem é
essa pessoa e qual sua função na obra?" e receber as respostas dois ou
três parágrafos na frente.
Outra
marca bem forte foi o distanciamento de Rita em relação aos demais personagens.
Entendemos que ela ama a irmã, o marido e a tia-avó, mas ela não expressa esses
sentimentos em palavras ou ações, sempre se referindo aos familiares pelo
primeiro nome, ao invés do grau de parentesco.
Esses
recursos criam um ambiente de mistério que prometem envolver o leitor,
possibilitando seus próprios questionamentos.
A
obra é super recomendada para os fãs de mistério que buscam por produções
inovadoras e de autoria nacional.
Título
Nacional: Mulher com Brânquias
Autora:
Patricia Baikal
Ano:
2017
Especificações:
186 páginas
Avaliação:
★★★★
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