CRÍTICA | Maze Runner: A Cura Mortal

“O medo do desconhecido não o controlava mais. A esperança havia encontrado o caminho e tomara conta dele.”
Depois de dois filmes e dos fãs prendendo a respiração a cada final – e torcendo para mais ninguém morrer –, finalmente houve um fim para a saga de Thomas e seus amigos em MAZE RUNNER: A CURA MORTAL... e que fim.

No longa anterior, vimos Thomas e o Braço Direito tendo que lidar com a traição de Teresa que resultou no ataque da CRUEL. O rapaz jurou que resgataria Minho, mesmo com o grupo de resistência quase dissipado. Em A CURA MORTAL encontramos a tentativa de resgate dos “imunes”, o que os leva a uma última missão: entrar na última cidade controlada pela CRUEL.

Seguindo o padrão de toda a saga, a ação vai do início ao fim. Emocionante e apreensivo são palavras que eu usaria para descrever a série em geral, mas – nesse filme em específico – a dose está triplicada.

Cenário

O filme transita entre três cenários, o primeiro é o deserto que esteve presente em Prova de Fogo, mas agora com um foco maior na resistência e na luta para resgatarem a todos. No segundo cenário temos a uma última cidade que ainda se mantém intacta, com prédios futurísticos, pessoas transitando nas ruas e transportes públicos - é nesse local onde se abriga um dos laboratórios da CRUEL - e, por último, um cenário parecido com o que já vimos anteriormente, que é onde ficam as pessoas que são impedidas de entrar na cidade, a beira dos muros.

A melhor coisa de filmes de ficção-científica sobre fim de mundo é o cenário obscuro, a paleta de cores tendendo ao cinza e preto, e entre o vermelho e laranja nas explosões, o que rende aquela sensação do fim dos dias. MAZE RUNNER cumpriu com maestria, os únicos momentos que vemos cores vivas nas telas são para representar um lugar seguro, onde pelo menos uma porcentagem da natureza não foi afetada pelo vírus.

Personagens

Os personagens sempre dividem as opiniões do público, mas boa parte das pessoas sempre acreditaram que os atores de Maze Runner são fiéis às personalidades e aparência do livro. Eles continuam com a mesma essência dos dois últimos filmes, mas ficou claro a forma como eles amadureceram e como estão famintos para lutarem pela liberdade e por seus amigos.

Thomas (Dylan O’Brien) transpira todas as batalhas internas que vive ao longo do filme, parecendo ainda mais enigmático e determinado a fazer de tudo que pode para resgatar o maior número de imunes e seu amigo. Ele ainda lida com os sentimentos de ter sido traído por Teresa, revelando um constante sentimento de revolta que, consequentemente, o leva para embates e lutas com muito mais facilidade.

Se levarmos em consideração tudo o que aconteceu entre esse período de gravação, principalmente o acidente que afastou Dylan O'Brien das gravações, o filme não parece ter sofrido nem um pouco todos os abalos, as atuações estão impecáveis.

Thomas Sangster, que interpreta Newt, e Ki Hong Lee, que interpreta Minho, fizeram um trabalho incrível nesse final, os personagens deles foram ganhando espaço e o coração dos fãs e, nesse longa, pudemos ver o amadurecimento dos dois atores e a complexidade dos papéis nesse fim.
Fotografia

A fotografia do filme está incrível, os efeitos especiais estão impecáveis e te levam exatamente para o mundo construído por James Dashner. Algumas cenas são tão reais que possibilita lembrar exatamente o que sentiu quando leu.

Enredo

O grande diferencial de Dashner na construção da história foi a sua ousadia de fugir dos fins convencionais nos livros e provavelmente muitos fãs estão pensando que o filme possa decepcionar e alterar o enredo, mas as mudanças são mínimas, apenas para ajudar no resumo de todos os livros e a essência do que o autor quis passar nos livros não foi perdia.

Esteja preparado para uma explosão de emoções, para sentir raiva de alguns momentos e chorar em muito outros.  A grande graça de Maze Runner é que em nenhum momento o fim do mundo foi romantizado de uma forma que parecesse que qualquer um conseguiria enfrentar sorrindo.

Para quem leu o livro, se divirta, pois você terá muita coisa para comentar, palpitar e sofrer novamente. Para quem não leu, assista, ame e vá ler a série, porque definitivamente você irá terminar louco para saber como todas essas coisas foram descritas.

PS: Sai do cinema ainda contendo as lágrimas diante de tanta tensão e torcendo pelos personagens quando o fim se aproxima - algo que gostaria de estender por mais filmes, mas sei que tive que dizer adeus ali e sofrer junto com todos. Quero guardar o Minho e o Newt pra sempre.

MAZE RUNNER: A CURA MORTAL chega aos cinemas nesta quinta-feira, 25 de janeiro e já é cotado como uma das primeiras estreias do ano. 

* Texto por Ana Caroline Moraes

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